domingo, 9 de junho de 2013

Memória seletiva, eu?







No que respeita à minha memória, sempre achei que, ao contrário de muitos dos meus amigos que se recordam de tudo o que partilhamos, eu acho que tenho uma memória muito seletiva, pois normalmente apenas recordo esses momentos se estiverem associados a situações inesperadas. Um exemplo disso são estas suculentas que vos mostro hoje. As duas primeiras fotos são do gigante Aeonium "cyclops" que cresce no jardim há sete anos e que, sempre que olho para ele, me recorda o jardim de um hotel na Califórnia onde o colhi, assim como tudo o que de ilegal foi necessário fazer para o transportar... Esta belíssima planta é uma das paragens obrigatórias no jardim.
As fotos da planta seguinte são de um  Aeonium tabuliforme originário da nossa ilha da Madeira, e que foi colhido durante uma caminhada que fiz na zona do Curral das Freiras. Inspirado pelo seu habitat natural, plantei-o numa superfície vertical, entre as pedras de um dos muros. Infelizmente, só tenho este e, como podem observar, está em flor neste momento, o que significa que irá morrer. Como não se encontra à venda nos garden centers do continente, acho que a única solução é regressar ao paraíso da ilha da Madeira.
Por fim, lembrei-me de partilhar convosco este enorme figo... ah, mas já o comi...! Esta minha memória! Eu não vos dizia?

6 comentários:

  1. Acho muito interessante plantar entre as pedras de um muro. Só nunca o fiz, porque nunca sei quais as plantas mais adequadas.

    A primeira vez que pensei nisso, foi ao desfolhar um livro sobre bonsais e vi a imagem de umas dessas árvores plantada na cavidade de uma pedra e que caia para baixo, como se estivesse à beira do precipício de uma montanha elevada. Depois comecei a olhar para as figueiras que crescem no meio de muros, em torres de igrejas ou de castelos e sempre achei que era interessante reproduzir esse efeito num jardim, mas, helás, falta-me a tua capacidade de realização.

    Um abraço

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  2. Pois, os meus figos ainda estão verdes, e creio que nas próximas três semanas nada vai suceder.
    Esse Algarve que tão à frente anda do Alentejo! lol
    Da próxima vez tens de contar o que fizeste para roubar essa primeira carnuda, que tem cores espantosas. Fiquei curioso.
    Eu gosto da tua memória pois, muitos anos depois, ainda te lembras onde existem os potes à tua espera!
    Abraço
    Manel

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  3. tenho uma aeonium que até dá vergonha de te mostrar pois ela é tão pequena que nem sei se vai vingar, pesquisei na net , para ver o que ela gosta , clima ,solo, mas fiquei toda confusa já que ela não é originária do Brasil,a sua é maravilhosa , me encantei com ela .tô a procura de outra muda mas não encontro, nem sei como cuidar desta pequena , será que vai crescer como a sua? Qualquer dia mostro como ela está desde de que comprei não mudou nada.
    http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/

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  4. Olá Zé Júlio,

    Também tenho um aeonium tabuliforme, mas não fui à Madeira!
    Comprei o meu no "Horto da Praia Grande". Por isso, quando for a Sintra, experimente passar por lá. De qualquer forma, eu tinha lido que a flor desse aeonium deita semente e que nascem mais.
    Se puder, passe também pelo centro de jardinagem "Jardins Sintra", pois eles da última vez que lá passei, tinham algumas preciosidades.

    Beijinhos
    Carla Antunes

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  5. Las fotos son preciosas. La breva se ve riquísima. Besos.

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  6. Além desses trabalhos maravilhosos que você faz, fico encantado com os seu textos, pois eles também são poéticos, românticos e ao mesmo tempo bem humorados. Adoro visitá-lo, me faz bem à alma. Obrigado por compartilhar suas criações. Um abraço, André.

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