terça-feira, 27 de novembro de 2012

Somos do tamanho dos nossos sonhos...






Se há coisa de que me orgulho muito, é possuir mãos grandes e conseguir tirar muito partido disso. Esta minha característica física, associada a uma necessidade de criar, faz com que, por vezes, me sinta perdido e inútil quando estou parado, supostamente a descansar ou, por outras palavras, sem fazer nada. 
Reconheço que muito pouco do que faço é com o objetivo de agradar a alguém, e como me considero  muito teimoso, raramente deixo de fazer o que tenho em mente, mas gosto muito de partilhar.  
Descrevo-me como alguém que pensa e trabalha com as mãos, e que tem tenta, sempre que possível, pôr em práticas alguns dos seus sonhos, com um pequeno problema: sou muito desorganizado e incapaz de estar muito tempo a fazer a mesma coisa. 
Busco inspiração em tudo o que me rodeia, mesmo que, como no caso da última foto, tenha que apanhar um assustado escorpião. 
Para muita gente, a minha vida é muito pouco ortodoxa, e talvez algo selvagem, mas só assim faz sentido para mim, pensando com as minhas mãos...    

6 comentários:

  1. Gostei desse ovo ao jeito das peças do Fabergé, que fizeram as delícias da corte russa, no meio desse muro que não percebemos se é uma ruína ou obra de um canteiro hesitante sobre o rumo a dar à obra.

    Abraços

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  2. no blog antigo creio que já tinhas publicado outra foto com 1 bichinho desses... estás a ficar um especialista a lidar com eles bichinhos...
    já vi por aqui muito bicho estranho... mas desses ainda não vi nenhum... tens que promover um workshop... não é necessário ensinares a pegar neles (pois essa parte acho que dispenso)... ficava-me mesmo pelas fotos...
    1 abraço e continuação do excelente trabalho...

    PS: o ovo é lindo... e o azul vai combinar na perfeição nas longas tardes de verão (só falta é passar o inverno)...

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  3. As mãos foram feitas
    para trazer o futuro,
    encurtar a tristeza, encher
    o que fica das mãos
    de ontem - intervalos
    (duros, fiéis) das palavras,
    vocação urgente
    da ternura, pensamento
    entreaberto até
    aos dedos longos
    pelas coisas fora
    pelos anos dentro.

    abraço!

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  4. É verdade, parece uma obra saída da imaginação de Fabergé!
    Os teus muros nunca deixam de me deixar contemplativo, tal como acontece com algumas peças de cerâmica que tenho. São por demais belos.
    Quanto ao bichinho que seguras ... bem ... prefiro vê-lo só na fotografia! Tenho um medo terrível dos "alicranços", como dizia a minha avó.
    Diziam-me, em criança, e em Moçambique, que usavam esconder-se nos sapatos e até mesmo sob os leçóis, nas camas, e quando uma pessoa os calçava de manhã, ou se ia deitar à noite, encontrava uma surpresa para a vida!
    Prefiro, de longe, a beleza intemporal dos teus muros ou as tuas mãos a construírem-nos, espalhando beleza em seu redor
    Manel

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  5. Tal como o amigo Júlio,
    pego com facilidade e com gosto em cobras e lagartos...
    Quanto a escorpiões, nunca fiz a experiência mas há sempre uma primeira vez!
    Cumprimentos.

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  6. Ainda hoje quando trabalhava na quinta ao retirar uma pequena pedra vi um "escorpiãozinho" que estava bem aconchegado do frio. Nem se mexeu! Apesar de não ter coragem para o pegar como o amigo Júlio, respeito muito este bicharoco como de resto qualquer um. Na Quinta nada se mata! Acho que a comunhão com a natureza e com os pequenos prazeres com que ela nos contempla é o melhor que o homem pode ter nesta vida.
    Já agora confirmo... Trabalhar na Quinta é o melhor remédio para o frio, e que belo rendimento, em 4 horas fiz mais do que às vezes em 1 semana inteira nos meses de maior calor.

    Em relação ao seu trabalho, amigo Júlio, acho que dificilmente será fazer melhor. Excelente mesmo!

    Abraço e até à próxima.

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