Hoje apanhei algumas romãs para decorar o jardim e a cozinha da casa, onde foram penduradas nos barrotes do tecto e aí ficarão até ao inverno.
Como tenho andado um pouco tristonho (acho que estou a precisar de Sol), resolvi esculpir, mas, infelizmente, começou a chover e só consegui trabalhar duas pedras.
Acho que o ninho de bicos de lacre que mostrei aqui já tem crias. Felizmente o mau tempo de há uns dias atrás não mandou o ninho ao chão.
Termino com uma foto de crocus amarelos, os mais comuns no jardim. Fico sempre impressionado com a rapidez com que crescem, estes têm apenas 2 dias.
Zé Júlio os parabéns pela cara com as pedras por cima.
ResponderEliminarÉ uma peça fantástica e faz-me lembrar uma escultura cerimonial como, por exemplo, um totem.
Podes continuar porque as peças estão a fazer sensação. É a tua capacidade criativa em pleno funcionamento!
Manel
Acho a "cara" deveras genial! Para mim o melhor que já vi por aqui.
ResponderEliminarUm abraço Zé Júlio
Para os momentos de tristeza:
ResponderEliminar"ACORDAR, VIVER
Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me
àquele reino onde não existe vida
e eu quedo inerte sem paixão.
Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,
a fábula inconclusa,
suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?
Como proteger-me das feridas
que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento
que lembra a Terra e sua púrpura
demente?
E mais aquela ferida que me inflijo
a cada hora, algoz
do inocente que não sou?
Ninguém responde, a vida é pétrea."
Carlos Drummond de Andrade
Ouvi dizer que nós brasileiros herdamos algo da melancolia portuguesa.