No fim de semana anterior, fomos até ao Alentejo. Em Estremoz, ficamos no monte do Manel e, como não seria de estranhar, o acolhimento foi de cinco estrelas. Como não consigo estar parado, meti mãos à obra e, com a ajuda do Luís Montalvão, fizemos alguma plantação e colocamos umas belas pedras no jardim. Infelizmente, o tempo é sempre curto e muito ficou por fazer...
A etapa seguinte foi a vila de Barrancos, onde os nossos amigos Reis têm casa, 2 anos depois da primeira visita. Em 2010, começamos a construção de um pequeno jardim no monte da família, situado na herdade da família. O sitio não podia ser mais isolado, rodeado de montes e vales, de porcos pretos e vacas. Nesta parte do país, a árvore mais comum é a azinheira (Quercus ilex).
Saí do Algarve convencido que iria ter condições para continuar o trabalho de há 2 anos atrás, por isso levei muitas plantas no carro.
Algo que não esperávamos foi a muita chuva que caiu. É interessante pensar que Barrancos é, talvez, a região mais seca do nosso país, e que durante estes dias não consegui ver céu azul! Algo de que sinto sempre falta, embora reconheça a importância da água.
Mas, mesmo assim, conseguimos avançar mais um pouco com a construção e a plantação do jardim.
Esta região fronteiriça possui uma identidade muito forte e única, própria do seu isolamento, e exemplos disso são o seu dialecto e gastronomia, para não falar de muitas das suas tradições. É sempre um prazer voltar...
Termino com uma foto que mostra bem a nossa riqueza "cultural", pois acho que a festa mencionada deve ser única no mundo... ;-)
Zé Júlio, eu tenho muito que te agradecer, pois a obra que deixaste é fantástica e permitiu-me perceber como posso criar socalcos de forma fácil e sem uso de cimento, que quero evitar sempre que possível, para que a minha marca naquela terra seja miníma e possa ser apagada se alguém, no futuro, tiver outras ideias.
ResponderEliminarPrefiro não deixar coisas feitas com intenção de serem para a eternidade, pois um futuro dono, depois da mim, poderá ter ideias diferentes.
Só espero que entenda a beleza daquilo que fizeste e que quero manter.
E basta que tu coloques uma pedra num qualquer locl para que pareça que esteve sempre ali!
Na tua obra, noutras paragens do Alentejo, continua a ver-se a tua marca, orgânica e criativa!
Continuam as "festas da caca" por aqui ... lol
Eu faço a minha parte!
Abraço
Manel
É bom ter amigos Assim!
ResponderEliminarZé Júlio
ResponderEliminarMais uma vez foi um prazer estar contigo e com o Luís. Confesso que fico sempre um bocado fascinado contigo, com o teu método de trabalho e os resultados quase imediatos. Tens uma personalidade que não se confunde com mais ninguém, atiraste-te ao trabalho com uma energia notável, levantas calhaus enormes, cavas a uma velocidade louca e em três tempos surge um apontamento de jardim lindíssimo, com umas pedras aqui e acolá, enquadradas por umas alfazemas e uns tomilhos. Eu fiquei ali a assistir-te nestes trabalhos com um enorme prazer de quem está a aprender um bocadinho de uma arte que desenvolveste de forma muito original e intuitiva